Alunos do IFRN criam ‘bioconcreto’ está entre os 10 finalistas e disputam prêmio em programa da Samsung

Um grupo de alunos do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, no Campus São Paulo do Potengi, está entre os 10 finalistas do Solve for Tomorrow Brasil, programa de Cidadania Corporativa da Samsung com coordenação geral pelo Cenpec.

Formada por três alunas e dois alunos do 2º ano do ensino técnico integrado de edificações, a equipe criou o projeto ‘Bioconcreto’ para dar um destino sustentável à cinza residual da torra da castanha de caju, decorrente da cajucultura na região.

O projeto substitui o concreto comum pela cinza, barateando o material e reduzindo os danos ao meio ambiente. O resultado disso é um produto de fácil desenvolvimento, que pode ser usado na produção de pisos intertravados, itens de decoração e quaisquer outros objetos que a criatividade permitir.

Em sua 12ª edição no Brasil, a iniciativa é conhecida por estimular alunos e professores de escolas públicas a criarem protótipos inteligentes com base na abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática), a fim de solucionar problemas e atender demandas de suas comunidades locais.Segundo Neuber Araújo, professor e orientador da equipe, trabalhar no projeto contribuiu para os alunos desenvolverem, principalmente, habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, interpretação de resultados técnicos e trabalho em equipe. “Do lado socioemocional, a comunicação também tem sido importante para contextualizar o projeto. Recentemente, eles apresentaram a ideia para as crianças do 4º ano e adaptaram toda a linguagem para esse público. Além disso, tem toda a parte de empatia, consciência ambiental e o protagonismo ao longo da execução do projeto”, afirma.

“O Bioconcreto desenvolvido pelos alunos do Rio Grande Norte apresenta uma proposta tangível de sustentabilidade para a população de São Paulo do Potengi. Além disso, o protótipo é uma alternativa de custo reduzido que pode beneficiar famílias carentes, demonstrando a empatia e engajamento do grupo de alunos. É uma solução que, de forma geral, contribui com a cajucultura e pode beneficiar diversas pessoas da região”, afirma Helvio Kanamaru, Diretor de ESG e Cidadania Corporativa da Samsung para a América Latina.

“O projeto Bioconcreto vai além da aplicação de conhecimento técnico: ele tem um importante impacto social e ambiental”, observa Beatriz Cortese, Diretora Executiva do Cenpec. “Ao dar um novo destino aos resíduos da cajucultura, ele promove uma economia circular, gera valor para a atividade local e oferece uma alternativa de baixo custo para a comunidade. Esse projeto mostra como a educação pública de

qualidade é fundamental para o desenvolvimento sustentável em diferentes territórios”.

Para Neuber, o impacto social do projeto e do Solve for Tomorrow na comunidade tem sido um diferencial no incentivo aos alunos. “Graças à visibilidade que o programa traz, as pessoas estão curiosas sobre o projeto.

Muitas vezes essas ideias são desenvolvidas, mas ficam concentradas na escola ou no entorno. Mas o Bioconcreto já abrange várias cidades ao redor do nosso município e nós chegamos à final com a sensação de dever cumprido. Além de entregar o projeto conforme o planejado, trouxemos representatividade para o Rio Grande do Norte dentro do programa. É um grande incentivo para a educação pública”, conclui.

Nesta etapa final do programa, o grupo segue participando das mentorias com a equipe do Solve for Tomorrow, aplicando possíveis melhorias ao projeto até que as votações do Júri Popular sejam abertas, em 19 de novembro.

Tribuna do Norte

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